quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Que recursos/mídias usar com meu aluno com deficiência?

Esse é um questionamento muito comum nas vivências que tenho participado com profissionais que atuam na Educação Especial. E como trabalho, geralmente, com aplicação das tecnologias digitais, a galera sempre quer saber quais os melhores recursos para trabalhar com os alunos autistas, ou com D.I., ou com P.C. ou qualquer outro aluno com outra condição específica. Então esse post é uma resposta a essa dúvida!

A primeira coisa que devemos entender é a seguinte: se por um lado o sistema ainda nos força a mantermos uma prática que considera uma turma inteira de alunos qualquer como homogênea, por outro qualquer debate sobre Educação Especial na perspectiva da inclusão reforça a importância em reconhecermos e valorizarmos as diferenças. Isso quer dizer que é um erro pensar em "recursos para alunos com D.I.", por exemplo, como se todos nessa condição se apresentassem com as mesmas demandas.

Nesse sentido, o ideal é ir além da deficiência e das denominações ou rótulos, e compreender que demandas são essas.

Veja o caso do aplicativo ABC do Autismo ilustrado pela figura ao lado (disponivel clicando AQUI), que adota a metodologia TEACCH. Certamente há vários outros perfis de alunos que se beneficiariam (e muito!) de seu uso, mesmo não tendo o diagnóstico do TEA, mas que apresentem demandas parecidas.

Então minha dica é a seguinte: especifique a demanda que vai referenciar seus objetivos de aprendizagem para as próximas interações com seu aluno (por exemplo, agora ele precisa construir a relação entre o número e a quantidade, na alfabetização matemática). Afinal é isso que a gente faz com as turmas inteiras, não é? A diferença é que a gente considera, nesses casos, que todos tenham a mesma demanda e devem ser tratados como iguais. E a tendência está sendo levar essa mesma prática no atendimento ao público da Educação Especial. 

Um equívoco que, aos poucos, vamos deixando de cometer...

2 comentários:

Unknown disse...

Por um Brasil com mais humanos/profissionais como você,professor Danilo. Nossa educação está carente de professores que se importam com as pessoas deficientes.

Unknown disse...

Cledna,

obrigado pelas palavras! :-)