sábado, 17 de junho de 2017

Meus "3 Princípios para fazer Adequações de Recursos Educacionais"

E aí, pessoal

na semana passada foi semana de avaliações na escola do meu filho. Claro, mês de junho marca o final do primeiro semestre letivo e é tempo de se preparar para os festejos do São João dando aquele último gás nos estudos para se ver logo livre. 

Em uma das revisões que fazia com o guri, mais especificamente para a avaliação de Geografia, tive a ideia de fazer uma adequação do material utilizado, considerando que somente as anotações poderiam não atender suas demandas. O resultado foi isso que está apresentado na foto: um mapa-mental-mundi...se posso chamar assim :-) 
Mapa-mental-mundi sobre África

Como não poderia deixar de ser,  acabei percebendo alguns aspectos interessantes nessa experiência. E já que sempre estou debatendo com outros colegas educadores acerca da necessidade em apresentar estratégias que ajudem o profissional da Educação a incorporar isso na sua prática, resolvi apresentar aqui os 3 princípios que julgo básicos para quem precisa fazer adequações de recursos educacionais com a finalidade de promover a inclusão de alunos de desenvolvimento cognitivo típico ou atípico na escola (ou fora dela, como nesse caso!).

Vale ressaltar que o que garante a efetiva solução da demanda identificada, é um profissional que sabe se aproveitar de todo o potencial que o recurso apresenta.

Vou aproveitar esse material para exemplificar como cada princípio deve ser compreendido, mas tenha em mente que vou generalizar os espaços formativos nos quais esse tipo de recurso pode ser mais utilizado...afinal isso vai depender mais do profissional que está atuando (seja um professor em uma sala de aula regular, em uma sala de recursos ou em atendimento particular).

Os 3 princípios são:
1. A melhor plataforma é a mais acessível - isso quer dizer que tanto as plataformas digitais quanto as analógicas podem servir bem aos objetivos do profissional e do aprendiz. No exemplo, eu pensei, a priori, em usar um recurso digital com o tablet. Não seria difícil fazer utilizando o aplicativo do Google Earth (clique para conhecer) da maneira como eu queria, mas como eu tenho um mini globo terrestre em casa queria algo mais prático e rápido de produzir. Só precisei usar também bloquinhos de papel adesivado colorido de anotações e caneta hidracor;

2. A melhor base estruturante para formatar o conteúdo é a que atende ao perfil do aprendiz - ou seja, dentre as infinitas formas de estruturar e apresentar um conteúdo qualquer, escolha uma ou uma combinação de duas ou mais a depender do perfil do seu aprendiz (levando em consideração as limitações físicas, ou outros aspectos que influenciarão na percepção dos estímulos). Esclarecendo, quem conhece um mapa mental pode perceber que foi a estrutura que julguei mais interessante para atender às demandas nesse contexto. Nesse caso, como não consegui representar com ilustrações, considerando o tempo disponível, mantive o restante da estrutura. O tema principal (continente africano) ao centro e os ramos referentes a cada aspecto abordado com papel de cor diferente. Há várias outras bases que podem servir de referência: papel com malhas quadriculadas, linhas de tempo, matrizes lógicas (tabelas de dupla entrada), mapas conceituais, maquetes, plantas baixas, canvas, mapas mentais, quadrinhos, inclusive as que se configuram como métodos e abordagens, como o TEACCH, Storytelling, gamification, SCRUM, etc. Sim, estou colocando juntos modelos de outras áreas pois quem trabalha com Educação sabe que nos apropriamos de tudo que pode melhorar processos em outros campos;

3. Todo recurso adaptado pode servir para mais de um perfil de aprendiz - inclusive neurotípicos. Nem preciso detalhar isso, pois é óbvio! E quando os profissionais perceberem isso vão concordar que todos ganham com esse tipo de proposta. :-)

É isso! E o que aprendi nesses anos todos, com as experiências que vivenciei com meus alunos, nas minhas pesquisas, nos eventos de formação continuada, e em casa se resume no seguinte: Um bom repertório e um pouco de criatividade são os ingredientes para produzir recursos adaptados eficientes.

Bons estudos...ou melhor, Bom São João! 💥

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