domingo, 26 de junho de 2016

5 novas competências do educador de hoje e amanhã

Olá,

nas minhas últimas discussões sobre o papel do professor na sociedade atual (seja em sala de aula, em palestras ou bate-papos informais), e de como esse profissional deveria se adequar para atender às demandas de um público que não pertence a uma única geração (X, Y, Z, ou qualquer outra), sempre tenho me referido a alguns aspectos recorrentes que quero destacar aqui no meu blog. 

Então listarei aqui as competências que julgo essenciais para que um educador consiga atender às atuais exigências impostas a nós, tendo em vista que são as mesmas que tenho tentado melhorar, em mim mesmo, nos últimos anos:

1. Ser um facilitador/mentor/tutor (sim, estou colocando todos em um mesmo balaio!) é um aspecto já amplamente discutido e que permeia a prática docente desde os primeiros debates sobre metodologias centradas no aluno. No entanto alguns não entendem bem o que é assumir essa função. Uma dica, que pretendo usar a partir de agora, é iniciar as aulas de novas turmas com a seguinte frase de Confúcio: "Toda verdade tem quatro cantos: como professor, eu lhe dou um dos cantos,e cabe a você encontrar os outros três". E só a prática vai levar o professor a saber equilibrar e considerar o quanto deve esclarecer e o quanto deve questionar e levantar mais dúvidas acerca de um tema.

2. Usar tecnologias digitais de forma realmente eficiente (principalmente softwares de autoria que não sejam apenas editores de texto ou de apresentações, softwares de simulações e ambientes virtuais de aprendizagem). E isso requer duas coisas: todo professor deve conhecer as mais novas interfaces, sem esperar um curso de capacitação (porque a maioria das ferramentas, hoje em dia, são intuitivas e sempre há tutoriais disponíveis em vídeo no Youtube); e não precisa dominar totalmente determinada ferramenta...apenas o suficiente para atender aos seus objetivos (mesmo que isso signifique que seu aluno pode saber usar a ferramenta mais do que você) 

3. Usar elementos de design é fundamental para o profissional da educação nos tempos atuais. O designer é alguém que cria algo que outras pessoas experimentam. O educador é um designer de experiências de aprendizagem. Quando usa recursos audiovisuais, elabora textos, blogs, ambientes virtuais, etc, deve começar a se preocupar com questões que só serão respondidas entendendo um pouco de design (e minha sugestão é conhecer um pouco sobre design instrucional, design de jogos e design gráfico)

4. Ter um repertório vasto que permita agregar temas relacionados a assuntos aleatórios à área específica em que atua. Isso amplia as chances de combinar fatos e relacionar tópicos que enriquecem as experiências de aprendizagem. Viajar para lugares diferentes, assistir programas diversos (de programas sobre arte até os religiosos), ler, jogar...mas principalmente, manter um olhar atento a tudo o que acontece ao seu redor, como se tudo pudesse ser usado na sua prática

5. Escrever e falar bem, porque produzir conteúdo é algo que é fundamental nesses novos tempos. E geralmente o professor é o profissional que se espera ter domínio nessas duas habilidades, e justamente, se deveria esperar que naturalmente pudesse produzir conteúdo melhor que qualquer profissional. Hoje, com a possibilidade de produção de e-books e vídeo-aulas sem necessidade de ter conhecimento técnico muito aprofundado (nem equipamento muito sofisticado), o educador não pode deixar esse filão do mercado de lado. Há muitas oportunidades que surgem com algumas das demandas que citamos acima. E se pensarmos bem, uma atitude empreendedora pode ampliar o leque de opções de atuação desse profissional, e poderia até ser uma 6ª competência, pois faz convergir todas as outras na ação de desenvolver produtos educacionais. 

Bem,é isso! Ok, reconheço que nem todas elas são "novas" como promete o título desse post...isso foi só mais um recurso pra chamar a sua atenção, caro(a) leitor(a). ;-)

Eu também pensei em acrescentar uma sobre ser sensível à inclusão de alunos com necessidades especiais, mas mudei de ideia por um simples motivo: considerando que o bom professor tem a missão de promover a melhor formação para todos os seus alunos, isso já abrange os neurotípicos e os que tem desenvolvimento atípico.  O simples fato de ter que inserir essa competência já criaria um paradoxo, ao meu ver, pois o ato de educar já é um ato de inclusão.

Se você acha que está faltando alguma competência aqui, posta nos comentários
Grande abraço!    

3 comentários:

cleiton disse...

�� Muito bom o texto!

cleiton disse...

�� Muito bom o texto!

Professor Danilo disse...

Valeu, Cleiton! ;-)