desde a minha participação no GBG Aracaju (Google Business Group), no ano passado, quando apresentei as possibilidades de utilizar o Google Earth para criar jogos com finalidades educacionais tenho refletido sobre como as ferramentas do ecossistema Google ainda não são aproveitadas ao máximo nas instituições de ensino. Ficar restrito às pesquisas de conteúdo no buscador, para os trabalhos escolares e projetos, nunca me pareceu algo que deveria ser o foco das ações...e é praticamente a única coisa que se faz nesses contextos.
Pois bem, proponho a adoção do "Google Sistema de Ensino" em toda instituição que deseje realmente promover uma formação que seja fundamentada na construção coletiva do conhecimento. E como o termo está em evidência, as "turmas" de alunos seriam substituídas por "coletivos" de aprendizes. Então... vou explicar como isso funcionaria: Ao chegar na instituição cada aluno procuraria um "coletivo" para desenvolver as atividades do dia. Algumas escolas inovadoras já utilizam esse tipo de dinâmica, então há várias referências de como isso pode acontecer. O que quero enfatizar é o uso das ferramentas. Assim, durante o desenrolar das atividades os coletivos utilizariam o Google Drive para a criação de documentos de forma colaborativa, com alguns integrantes acessando o mesmo documento simultaneamente, num trabalho de edição em conjunto. Seja um pequeno artigo, uma planilha, uma figura, ou um formulário para coletar dados de uma pesquisa, etc (a depender da temática que norteia as discussões). Quando precisassem acessar algum conteúdo o tradicional buscador seria acionado, com a orientação de uso do Google Acadêmico ou os canais do Youtube. Esse último poderia, inclusive, servir para armazenamento dos trabalhos produzidos em audiovisual dos coletivos. Gráficos poderiam ser analisados e produzidos com o recurso do próprio buscador ou de algum dos aplicativos do Chrome, que podem ser instalados, ou traduções de textos para outras línguas podem ser feitos com o Google Tradutor, com análise e discussão sobre correções. Nas atividades mais práticas os coletivos poderiam utilizar as dezenas de aplicativos do Android para simulações, construção de gráficos, uso de calculadoras diversas, registro e tratamento de imagens, etc. Um bem interessante que acabei de conhecer, inclusive, é o Google Goggles, que pesquisa imagens tiradas pela câmera do dispositivo. E como a aprendizagem continua fora dos muros das instituições, o Google + seria o ambiente ideal para a extensão dos espaços de aprendizagem desses coletivos (com Hangout, ferramenta de videoconferência, e tudo o mais). Isso para citar algumas ferramentas.
Claro, uma vantagem dos outros sistemas de ensino "tradicionais" é justamente o que remete à essência do próprio termo "sistema". Os materiais instrucionais ofertam uma "ordem", uma "organização" que mantem todos confortáveis, pois tudo é previsível nas sequências apresentadas. É justamente por isso que deixei para o final a peça mais importante: o coletivo de mestres. Esse coletivo formado por pessoas com experiências e formações distintas e que interagem e fazem interagir os diferentes coletivos criados.
Bem...espero mesmo um dia poder vivenciar uma experiência assim. Quero analisar os erros, os equívocos que certamente ocorreriam... mas quero, principalmente, vivenciar os acertos. Esses tenho certeza que compensariam aqueles...
Não, eu não esqueci do Blogger...mas achei que estivesse implícito, já que é a ferramente que estou utilizando para escrever este texto... :-D
Quem sabe um dia...
Quem sabe um dia...
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